Sou natural de João Monlevade e, sempre que quero visitar meus pais e amigos de infância, preciso passar pela BR 381. Buracos na pista, caminhões em alta velocidade e pouca, ou nenhuma, visibilidade em curvas são marcas registradas da rodovia da morte. É impressionante o aproveitamento da estrada em números de acidentes.
Para se ter noção, não tem uma vez que trafego pela rodovia e não vejo um acidente. Mesmo que seja pequeno. Algumas vezes vejo três, quatro, até cinco acidentes, e muitos deles com vítimas fatais. Já perdi grandes amigos e pessoas muito queridas em função do péssimo estado da pista e/ou imprudência dos motoristas que nela trafegam.
Uma coisa que não consigo entender é, se a estrada é nacionalmente conhecida como rodovia da morte e os acidentes que nela acontecem são noticiados diariamente, por que os motoristas continuam dirigindo com imprudência?
Quando recebo a visita de meus pais em Belo Horizonte, é sempre muito bom, mas quando me despeço deles vem aquele medo, um frio na barriga, que só passa quando recebo uma ligação dizendo: “Filho, chegamos. Está tudo bem.”
Se alguém tiver a curiosidade, digitem no campo de pesquisa do Google Imagens “BR 381” e vejam quantos acidentes aparecem.
Vinícius Soares
30 de novembro de 2010 às 07:59
Muito bom o texto, chefe! A gente que tem ligação com o interior sabe como essas estradas fazem a gente sofrer!
Vamos lá galera, dirigir com consciência!