Planejamento dando pitaco na Criação

18 novembro 2010 Postado por Stalo Comunicação


Estava lendo sobre publicidade e comportamento, quando encontrei um artigo sobre apelo publicitário, que chamou muita a minha atenção por dois motivos: primeiro por ser um artigo do ramo da psicologia e eu sempre gostei de coisas que tentam entender a profundidade do ser humano; segundo, por relacionar esses estudos psicológicos com a propaganda, evidenciando aspectos que, às vezes, esquecemos de analisar.

O que já é de senso comum na publicidade, é que o apelo é o recurso de linguagem usado para despertar desejo nas pessoas e que ele pode ser de dois tipos: apelo racional ou emocional. O apelo racional é aquele que utiliza informações funcionais e utilitárias sobre o produto como estratégia de chamar o consumidor para a compra. Mas o artigo que eu li, falava do outro tipo de apelo, o emocional.

O apelo emocional está ligado às necessidades sociais e psicológicas das pessoas, que estão fortemente relacionadas ao consumo. Quando uma pessoa vai comprar um produto, não são apenas as motivações físicas que estão presentes nesse ato, mas também as emocionais. A publicidade age, tentando driblar a consciência e mergulhar fundo nesses túneis do subconsciente.

O psicólogo Henry Murray, da Universidade de Harvard, analisando a personalidade, no campo da Psicologia Clínica, identificou que das 44 variáveis que contribuem para a formação da publicidade, 20 eram motivações. Jib Fowles, em seu livro “Advertising’s fifteen basic appeals”, aplicou o modelo de Murray no estudo de centenas de anúncios, chegando aos quinze apelos emocionais mais usados na publicidade, que exploram as necessidades humanas mais comuns.

É interessante ver quais são essas necessidades, pois conseguimos identificar claramente na memória dos anúncios que já presenciamos qual necessidade aquele apelo visa atender. São elas: necessidade de sexo, de afiliação, de proteger alguém, de ser orientado, de agredir, de conquistar, de dominar, de se destacar, de atenção, de autonomia, de fuga, de segurança, de sensações estéticas, de satisfazer a curiosidade e as necessidades fisiológicas.

Esse texto inaugura uma sequência de posts, nos quais, nas próximas quintas-feiras, eu irei abordar cada uma dessas necessidades, explicando um pouco sobre elas e mostrando exemplos de aplicação na publicidade. Não deixe de seguir e entender um pouco mais sobre as necessidades que você também tem.

Na próxima quinta-feira é a vez da “necessidade de sexo”.

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