Definitivamente chegamos a um estágio nas relações de consumo que já não cabe ao público consumidor a alcunha de ser apenas “consumidor”. Essa relação passiva em que eram relegados (em detrimento ao foco no produto ou serviço) se defasou e as pessoas estão dispostas, cada vez mais, a experimentar novas sensações, que não sejam a do exercício do consumo pelo consumo.
Isso não deve ser encarado como profecia contra os modelos antigos do marketing, que ainda geram resultados, mas não apresentam o mesmo desempenho passado e já não atendem aos novos critérios como segmentação, alvo, posicionamento.
A nova ordem é pensar menos em anúncios e mais em interação e engajamento. E para que haja envolvimento, as marcas devem promover seus públicos de consumidores para seguidores. Uma das clausulas pétreas do marketing diz que se deve focar o cliente, mas o que se vê constantemente são conceitos focando o produto.
O marketing pode ser pensado dentro de diversas segmentações de clientes, cada qual com um posicionamento adequado e abordagem focada na experiência do mesmo, relacionado às sensações humanas.
O Marketing de Experiência se difere das práticas tradicionais porque foca o cliente, o consumo e no uso como complemento à compra, considerando as emoções. E não somente na compra racional. Aqui as experiências interligam os verbos sentir, emocionar, pensar, agir, relacionar e oferecem ao usuário um novo estilo de vida, costurado em detalhes prazerosos, antes encobertos e, agora, empunhados como ferramentas.
O foco no resultado em curto prazo talvez seja a miopia dos profissionais de marketing. As oportunidades são inúmeras e pipocam a todos instante. Mas nesta relação convidativa a viver experiências positivas e agradáveis, a persuasão se dá após a compra ou contratação e no decorrer do consumo.
Em um mercado cada vez mais sufocado pela competitividade, apostar no marketing de experiência aumenta o diferencial competitivo da empresa e, seguramente, o fará acertar nos alvos emocionais. Lembra do aroma daquela loja? E da decoração daquele ambiente? Mas que atenção tem aquele consultor! Pois é, foram encontros marcantes, recordações não perecíveis que ofertaram grandes valores.
Vale recordar, desejar, sorrir e refletir, sobretudo porque essa satisfação é determinante para a fidelização do cliente. Quem nunca se esquece do preço de um jantar há anos ou como pagou o MP3 Player, não teve a chance de viver o Test-drive na pista de testes da marca dos sonhos, do jantar harmonizado pelo sommelier ou ter o nome bordado no roupão do hotel. Esses momentos foram pensados para você.
Rafael Tavares é coordenador da Stalo Assessoria de Imprensa.
16 de novembro de 2010 às 10:00
Cenas do próximo capítulo em dois dias...
Quem nunca foi fisgado por um marketing de experiência?
Como eu seria parafraseado pela grande maioria dos membros da Stalo: "Ow, muito bom o texto!"
17 de novembro de 2010 às 03:15
Parabéns, pessoal! O site tá super bacana. Vocês estão surpreendendo com as mudanças positivas. Ótima fase, tomara que cresçam bastante sempre! Abraço, Fernanda Costa - Relações Públicas do Grupo Open
18 de novembro de 2010 às 12:53
..."E para que haja envolvimento, as marcas devem promover seus públicos de consumidores a seguidores"... interessante essa nova forma proposta para se pensar o tema.