Heróis imaginários e os heróis de todos os dias

14 setembro 2010 Postado por Stalo Comunicação

Há mais ou menos uns dois anos, assisti a um filme chamado Imaginary Heroes (Heróis Imaginários). Primeiramente foi apenas por conta do protagonista, o excelente ator Emile Hirsch. E o que vi foi uma história simples, do cotidiano, sendo contada de forma envolvente e primorosa. Apesar do nome do filme, o personagem não é herói e o que se descobre ao fim da projeção é que herói é todo aquele que se propõe fazer algo que beneficie não somente a si mesmo, mas ao próximo.

Assim, comecei a pensar em quem são esses heróis, e descobri que existem os imaginários e os não-intencionais. Os imaginários são aqueles que conhecemos como “super heróis”, com todos os seus poderes e aparatos. Nos últimos tempos, tenho gostado muito de Batman (Christian Bale, em excelente forma), Harry Potter (vai dizer que você não gostaria de poder fazer tudo o que o mundo bruxo permite!) e a dupla Spock e James T. Kirk, numa interpretação primorosa de Zachary Quinto e Chris Pine, que defendem o universo utilizando a dicotomia razão e malandragem.

Já os não-intencionais são aqueles que fazem o que tem que ser feito, sem pensar em heroísmos, e acabam se tornando heróis. Neste caso, o próprio Emile Hirsch tem interpretado uma penca deles: pense em Chris McCandless, de Into the Wild (Na natureza selvagem),que queria descobrir o verdadeiro sentido de viver em harmonia com a natureza, ou o próprio Tim Travis de Imaginary Heroes, que só queria que demonstrar que o jeito diferente de ver o mundo não fazia dele uma aberração. Ou talvez Tom Hansen, interpretado por Joseph Gordon-Levitt, em 500 Days of Summer (500 dias com ela), que vai do céu ao inferno em tão pouco tempo, e acaba descobrindo que amar é estar em uma montanha russa. Há também os anti-heróis mais heróicos, como James Sulley e Mike Wazowiski de Monstros S.A., que tinham como profissão serem vilões e acabam por se descobrirem heróis de uma pequena garotinha.

Eu poderia descrever muitos outros heróis e anti-heróis do cinema, da TV e da literatura, e desse, poderíamos discutir porque são ou não heróis, quais seus reais motivos para ajudar ao próximo, dentre muitos outros aspectos. Porém, o que eu julgo mais bacana é pensarmos que mesmo sem super poderes, um personagem bem escrito e bem interpretado pode levar multidões a se espelhar, a se emocionar com ele, e principalmente a pensar: o que eu posso fazer mais que eu beneficie não só a mim, mas a mais alguém? Posso ser meu próprio herói?

E ah! Não se esqueça de assistir ao filme.



Anie Karenina

1 Response to "Heróis imaginários e os heróis de todos os dias"

  1. Gustavo Almeida Says:

    Ainda não vi o filme, mas por já conhecer a ótima atuação do Emile, tenho certeza que vale a pena...
    Por estar lendo Into the Wild (Na Natureza Selvagem) atualmente, não sei muito se considero o McCandless um herói... Talvez até mesmo por pensar no conceito de heroi deixado pelo filme, como você mostrou: "herói é todo aquele que se propõe fazer algo que beneficie não somente a si mesmo, mas ao próximo."
    Acontece que no caso do Chris, não vi nenhum benefício ao próximo... Só estou sentindo egoísmo, talvez por não acreditar tanto na filosofia vivida por ele. Talvez ainda mude meu pensamento até o final... Quem sabe.

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