Ontem estava ouvindo a música “Miedo”, na voz de Lenine e Julieta Venegas, quando de repente me veio uma lembrança de uma noite específica em que a ouvi. Pude recordar de tudo o que fiz naquele exato momento, como se um flash passasse em minha cabeça, com algo aparentemente sem importância e que nunca me esforçaria para lembrar.
É o que chamam de memória involuntária, quando um dos cinco sentidos humanos reconhece algo e evoca uma lembrança, instantaneamente, de algo que poderia nunca mais ser lembrado. Pode ser um cheiro, um toque, um som, gosto ou imagem, que representa algo no subconsciente e que vem à tona naquele momento.
O cheiro de panquecas na frigideira, por exemplo, recentemente me fez lembrar uma manhã de domingo da minha infância, quando acordei sentindo-o, enquanto minha mãe fazia pilhas de panquecas. Outro dia, coloquei limão demais na salada e o gosto azedo fez vir à minha mente o episódio em que apanhei pitangas da pitangueira da minha rua, antes mesmo de ficarem vermelhas e doces, apenas para sentir o gosto azedo em minha boca.
Acontece a mesma coisa quando se vê uma fotografia. Já parou para pensar em quantos momentos que você nunca se lembraria e que ao ver uma foto consegue lembrar exatamente do que se passava quando ela foi tirada?
Proust chegou a escrever metade de seu livro “No caminho de Swan”, apenas com uma dessas recordações. O famoso Episódio da Madeleine, quando morde um desses bolinhos molhado no chá, o faz recordar de quando, ainda criança, ia para Cambray e chega a sentir novamente o medo da noite, por ter de ir dormir e deixar de ter sua mãe por perto.
A memória involuntária acontece, inevitavelmente, com cada um de nós, e quando menos se espera. Ela cai bem na literatura, mas prefiro na realidade.
É o que chamam de memória involuntária, quando um dos cinco sentidos humanos reconhece algo e evoca uma lembrança, instantaneamente, de algo que poderia nunca mais ser lembrado. Pode ser um cheiro, um toque, um som, gosto ou imagem, que representa algo no subconsciente e que vem à tona naquele momento.
O cheiro de panquecas na frigideira, por exemplo, recentemente me fez lembrar uma manhã de domingo da minha infância, quando acordei sentindo-o, enquanto minha mãe fazia pilhas de panquecas. Outro dia, coloquei limão demais na salada e o gosto azedo fez vir à minha mente o episódio em que apanhei pitangas da pitangueira da minha rua, antes mesmo de ficarem vermelhas e doces, apenas para sentir o gosto azedo em minha boca.
Acontece a mesma coisa quando se vê uma fotografia. Já parou para pensar em quantos momentos que você nunca se lembraria e que ao ver uma foto consegue lembrar exatamente do que se passava quando ela foi tirada?
Proust chegou a escrever metade de seu livro “No caminho de Swan”, apenas com uma dessas recordações. O famoso Episódio da Madeleine, quando morde um desses bolinhos molhado no chá, o faz recordar de quando, ainda criança, ia para Cambray e chega a sentir novamente o medo da noite, por ter de ir dormir e deixar de ter sua mãe por perto.
A memória involuntária acontece, inevitavelmente, com cada um de nós, e quando menos se espera. Ela cai bem na literatura, mas prefiro na realidade.
Anne Morais
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