Hoje me deparei com uma CONTRA-FILÉ. Isso mesmo uma contra-filé. Não, não me refiro ao “mais longo corte da carne bovina, localizada na parte traseira do animal e que representa, aproximadamente, 13,43% da carcaça”. Falo sim da palavra contra-filé, ou melhor, CONTRAFILÉ - como logo descobri. O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa tratou de extirpar o inofensível hifenzinho, que antes separava o Sr. Contra, do Sr. Filé, e de transformá-los em irmãos siameses.
Agora é assim, sempre que cruzo com aquele tracinho remeto-me às regras do novo “tratado” dos países de língua portuguesa para saber se o pobre ainda existe ou foi engolido pela junção das palavras.
O hífen, segundo definição do Dicionário Michaelis, é um sinal gráfico que une: os elementos de um composto; um verbo a pronomes oblíquos enclíticos ou mesoclíticos; e indica partição de sílabas de um vocábulo; traço de união, tirete. Coadjuvante, até então, na complexa gramática brasileira, ele ganhou agora os holofotes, juntamente às assassinadas tremas e aos irmãos bastardos k, w e y.
Mas enganasse quem pensa que o tracinho é sempre o coitado da história, retirado à força de seu papel de separador das palavras. Muitas vezes, o moço é causador de divórcios em casamentos que pareciam perfeitos. Vejam o caso do MICROONDAS, quem apostaria no fim dessa relação? Agora, MICRO-ONDAS vivem em cantos separados, culpa de quem?
É! O Sr. Hífen é também multifacetário. Se às vezes é o tadinho, outras vezes o causador de discórdia, o pequenino também se faz de mineirinho quando lhe interessa. Quietinho ali no meio, fica sem chamar a atenção e de forma HIPER-RESISTENTE finca pé no lugar que sempre ocupou, muito antes das autoridades gramáticas se reunirem e decidirem mudar os rumos da língua portuguesa.
Mas então tá! Enquanto o hífen, desaparece, aparece e permanece. Nós, pobres mortais alfabetizados antes do tal Acordo, temos que nos virar de ponta a cabeça para fazer bonito com as palavras mutáveis. Para facilitar nossa vida, de quem diariamente persegue de forma árdua o caminho do correto português, aí vão alguns macetes para descobrir qual o destino do nosso amigo – ou inimigo – hífen:
Agora é assim, sempre que cruzo com aquele tracinho remeto-me às regras do novo “tratado” dos países de língua portuguesa para saber se o pobre ainda existe ou foi engolido pela junção das palavras.
O hífen, segundo definição do Dicionário Michaelis, é um sinal gráfico que une: os elementos de um composto; um verbo a pronomes oblíquos enclíticos ou mesoclíticos; e indica partição de sílabas de um vocábulo; traço de união, tirete. Coadjuvante, até então, na complexa gramática brasileira, ele ganhou agora os holofotes, juntamente às assassinadas tremas e aos irmãos bastardos k, w e y.
Mas enganasse quem pensa que o tracinho é sempre o coitado da história, retirado à força de seu papel de separador das palavras. Muitas vezes, o moço é causador de divórcios em casamentos que pareciam perfeitos. Vejam o caso do MICROONDAS, quem apostaria no fim dessa relação? Agora, MICRO-ONDAS vivem em cantos separados, culpa de quem?
É! O Sr. Hífen é também multifacetário. Se às vezes é o tadinho, outras vezes o causador de discórdia, o pequenino também se faz de mineirinho quando lhe interessa. Quietinho ali no meio, fica sem chamar a atenção e de forma HIPER-RESISTENTE finca pé no lugar que sempre ocupou, muito antes das autoridades gramáticas se reunirem e decidirem mudar os rumos da língua portuguesa.
Mas então tá! Enquanto o hífen, desaparece, aparece e permanece. Nós, pobres mortais alfabetizados antes do tal Acordo, temos que nos virar de ponta a cabeça para fazer bonito com as palavras mutáveis. Para facilitar nossa vida, de quem diariamente persegue de forma árdua o caminho do correto português, aí vão alguns macetes para descobrir qual o destino do nosso amigo – ou inimigo – hífen:
17 de setembro de 2014 às 10:47
Excelente! Parbéns